ele abaixa a cabeça. não conseguiria olhar nos olhos deles, agora.
em seu interior, imagens sucedem-se numa espécie de filme. ele fecha os olhos por instantes, para assistir. sangue. assassinato.
ele balança a cabeça, tentando apagar as imagens de dentro de si. mas elas continuam lá. uma película que se repete, cada vez com mais detalhes... cada vez ele gosta mais do que vê.
ele sai de casa, sem falar com eles. ele sente uma dor dentro de si que nasceu de um vazio que nunca foi preenchido.
ele culpa o mundo... ele culpa eles... ele culpa a si próprio.
caminhando na noite, ele busca algo.
redenção ou um bar aberto...
a segunda opção sempre se mostra mais ao alcance.
a bebida é ruim, mas faz os pensamentos se calarem.
ele olha o vazio e se vê.
30.6.06
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