5.11.05

i don't like you... i love you.

something in you caused me
to take a new tact with you
i was going through something
you had just about scraped through

why'd you think i let you get away
with the things you say to me?

could it be
i like you?
so shameful of me
i like you

no one i ever knew
or have spoken to resembles you
this is good and bad
all depending on my general view

why'd you think i let you get away
with all the things you say to me?

could it be
i like you?
so shameful of me
i like you

magistrates who spend their lives
hiding their mistakes
they look at you and i
and envy makes them cry
envy makes them cry

forces of containment
they shove their fat faces into mine
you and i just smile
because we're thinking the same line

why'd you think i let you get away
with all the things you say to me?

could it be
i like you?
so shameful of me
i like you

you're not right in the head
and nor am i, and this is why
you're not right in the head,
and nor am i, and this is why

this is why i like you, i like you, i like you
this is why i like you, i like you, i like you

you're not right in the head,
and nor am i, and this is why
you're not right in the head,
and nor am i, and this is why

this is why i like you, i like you, i like you...

3.11.05

luzes na noite

ele observa o próprio reflexo no vidro, sorrindo daquela pequena ironia. abaixo, as ruas da cidade pareciam fervilhar de vida. os brilhos dos faróis dos automóveis flutuavam e se espalhavam em todas as direções, como seres vivos.

ele fechou os olhos, voltando-se dentro. imaginou a mesma cidade como ela era, há séculos atrás. podia quase ver o fluxo de tempo seguindo, as antigas ruas de terra sendo substituídas por paralelepípedos e depois o asfalto. as carruagens perdendo espaço para os carros. as pessoas passeavam pelas ruas num ritmo frenético e somente ele estava lá pada observar e guardar tudo.

abriu os olhos novamente e foi como se o ritmo do tempo fosse diminuindo, até alcançar o momento exato em que a campainha do apartamento tocou.

ele olhou uma última vez para o seu reflexo e depois para a noite, lá fora. um quê de excitação e ansiedade tomou seu corpo.

ele ligou o som, que tocava um rock dos anos 80. algo exagerado sobre amor e morte, mas ele é um fã da época e da postura melancólica de muitas bandas.

a porta se abre e lá está ela. o vestido carmim moldava-lhe o corpo, como uma segunda pele. o cabelo de um tom próximo ao do vestido encobria parte do rosto, tornando o conjunto absolutamente irresistível.

"olá!"

"olá... bem vinda à minha casa."

eles não falam muito. ela é uma profissional e não demoram muito para que eles cheguem ao quarto.
ela tira lentamente a roupa, ele a observa, no escuro.

a lingerie de seda é suave ao toque. ele percorre o corpo dela sentindo a firmeza das curvas, o calor da pele...

eles se beijam... ela aperta o corpo contra o dele, enquanto ele retira o sutiã dela. ele começa a beijar os ombros e o pescoço dela... descendo até os seios alvos... brincando com os lábios na pele dela.

ela geme de prazer com as carícias dele... ele a toma nos braços e a leva para a cama.

ele se despe para ela... ela está a espera do corpo dele. logo os dois estão se entregando.

ele penetra o corpo dela, que treme de prazer com a estocada demorada. eles começam a se mover como um só...

os gemidos se tornam cada vez mais altos...

ela o segura entre as pernas, enquanto ele a abraça e a traz para perto de si... ele sente o prazer dela aumentando, enquanto ela se move cada vez mais rápido.

ele a beija, descendo os lábios até o pescoço. ela geme alto quando os dentes dele penetram-lhe a carne. de repente, ele se move mais forte e rápido para dentro dela, enquanto os lábios sugam avidamente o líquido que escorre da ferida aberta.

ela geme alto, sentindo ao mesmo tempo a dor e prazer daquela experiência. uma onda de calor toma sua púbis, subindo por todo o corpo, até se fixar em um ponto no lado direito do pescoço... ele a tem completamente. ela nunca se sentiu assim. deseja desesperadamente correr dali, mas não consegue imaginar sensação maior do que aquela.

ele a aperta de encontro ao seu corpo, numa estocada final. a boca ensanguentada solta um gemido alto e ele olha para os olhos dela, que estão subitamente perdendo o foco.

ela esquece quem é... esquece que seu corpo está ali... esquece a dor... naquele momento, o quarto todo é tomado por uma luz brilhante...

de repente a luz começa a diminuir e a última coisa de que ela se lembra é dos olhos dele... fixos... imponderáveis...

imortais...

1.11.05

para uma milady

saudades de uma pessoa... sei que ela está feliz, em seu novo reino. sei que ela passa os dias olhando o bosque perto de sua casa, vivendo seu sonho... mas ainda assim, sinto saudade.

imagino ela olhando pela janela e vendo os primeiros flocos de neve caindo do céu e sorrindo, pensando em um menino que ela conheceu há muito tempo e que vivia falando que desejava que nevasse no rio de janeiro.

sei que existe pouco daquele menino em mim, hoje em dia... mas eu lembro das horas de conversa que tínhamos e das risadas por coisas bobas.

espero que ela esteja muito feliz... que os dias passem leves e que a saudade que aperta o peito seja um estímulo para a sua arte.

peço aos deuses que a tratem bem, milady...

você é uma pessoa especial.

daquelas que vão sempre trazer uma saudade boa no coração...

cuide-se...

e seja feliz!

:)
algumas vezes parece que eu tenho que percorrer meu caminho nesse mundo sozinho...

mas se isso é verdade, porque eu sinto tantas coisas???


e... pra falar a verdade, eu não gostaria que fosse assim não!

escrito em uma folha de papel amassado

eu quero esquecer o passado. gostaria de poder encontrar você novamente e ser como na primeira vez. eu olharia fundo em seus olhos, tentando descobrir quem é você e porque você faz com que eu me sinta diferente.

queria ver novamente o seu sorriso de menina... seus olhares curiosos para mim, tentando descobrir o que se esconde em minha alma.

você riria das minhas manias. eu aprenderia a conhecer todos os seus jeitos.

e seria tudo novo, de novo.

você me pegaria olhando para você, durante a noite, com um sorriso bobo. eu iria sorrir e dar um beijo em seu rosto.

escutaríamos música juntos e você me mostraria os sons que fazem seu coração apertar no peito. eu mostraria minhas músicas pesadas, enquanto você sorriria da cara de mau nada convincente que eu faço.

pequenos atos... pequenos sonhos...

uma noite dessas, quem sabe... ?

31.10.05

two fires burn on the hills, tonight...

o farol - parte I

os remos batiam contra a água com força, fazendo o pequeno barco avançar em direção à ilha. a tempestade da noite anterior havia sido bastante forte e o vento outonal tentava forçar o homem e seu barco em direção às pedras. mas o guia do veículo havia vivido sua vida inteira naquele lugar e conhecia bem as traições do mar.

sempre que olhava o antigo farol a essa distância, o homem imaginava estar vendo um gigante, olhando para o mar e imaginando o que nele se escondia. sempre fora assim, desde a primeira vez que o seu pai o levara até a torre onde ele ia todas as noites, para iluminar o caminho dos marinheiros, sinalizando que ali havia um local perigoso para as náus que por ali passavam.

o velho gostava de leva-lo até a borda do penhasco onde o farol, para sentar ao seu lado e conversar horas, contando histórias sobre o mar, fantasias sobre piratas, mundos em continentes perdidos e seres mitológicos.

depois que seu pai morreu, o prefeito decidiu fechar o farol. as velhas rotas de navios estavam sendo mudadas para o norte, onde um porto maior havia sido construído. o farol não era mais necessário.

o filho do antigo faroleiro comprou o terreno. ele sentia-se ligado demais ao farol e ao mar, para deixar que o local definhasse com o passar dos anos. ele se sentava nos finais de tarde na borda do penhasco e olhava para o mar e a praia e as focas que vinham para a ilha para se acasalar, talvez esperando para que as histórias que seu pai contava se tornassem realidade.

ele se sentia sozinho, vez ou outra. e aproveitava a falta de alguma coisa no farol para ir à cidade, buscar por companhia. mas no fim, quando ele retornava para o farol, estava sempre só no barco.

as ondas fizeram o barco virar para bombordo, forçando o homem a voltar para a realidade. ele olhou novamente em direção à ilha e percebeu que havia uma foca na areia da praia. havia algo de estranho, nisso, pois os animais não costumavam aparecer nessa época do ano. ele levantou-se no barco, tentando olhar melhor aquilo e percebeu que não era um animal que estava deitado na praia.

era uma pessoa. e havia sangue.

ele se apressou em manobrar o barco até a praia, lutando contra o vento e as ondas. procurou em todas as direções, tentando ver sinal de naufrágio, mas nada encontrou. porém não se preocupou com isso. ele precisava chegar até a pessoa que estava caída na praia, antes que fosse tarde.

o barco tocou a areia escura e um segundo depois o homem encontrava-se correndo em direção à mulher caída.

ela tinha uma coloração pálida. um cinza azulado, que denunciava que ela ficara muito tempo nas águas geladas. havia um ferimento em sua cabeça que sangrara bastante, mas que naquele momento havia coagulado. e não usava nenhuma roupa, o que só aumentava o mistério.

ele a levantou em seus braços e a carregou em direção à casa do farol. ela parecia estar muito mal e ele temia que o pior acontecesse àquela mulher...

this night

maybe i have indeed written many texts for you.

sadly, you don't even realized to who they were.

i don't really know if we'll watch the moon together, again.

this night i would be happy just for hugh you and confort you in my arms...

30.10.05

eu luto por uma causa impossível...


mas o que posso fazer? eu sempre fui um idealista...
como dizer algo, quando não se pode falar exatamente o que se passa dentro de vc?

träume

enquanto viaja de volta, ele fecha os olhos por alguns instantes...

ele se deixa relaxar no banco plástico, enquanto pensa em muitas coisas.

de repente, ele sente um toque macio em seus lábios... ele reconhece o toque e, de olhos fechados, responde ao carinho, sentindo um gosto conhecido da outra boca na sua. o toque da mão dela em seu rosto, descendo gentilmente pelo pescoço, até o ombro.


ele estende o braço para tocá-la mas nada alcança... sem entender ele abre os olhos, apenas para se deparar com o vazio do vagão.

os sons do mar

ele pára de focalizar o mundo por detrás das lentes de sua câmera para observar o mar.
o céu cinza traz ventos que agitam os cabelos rebeldes... os fios cor de prata sobresaem-se em meio ao castanho escuro...

o rapaz senta-se na amurada, absorto em seu mundo interno... hipnotizado pelo movimento das ondas.

ele sente uma vontade grande de correr para as águas e se deixar abraçar pela imensidão do mar.

sempre se perde em pensamentos, quando vê o oceano... imagina-se em alto-mar, em busca de novos caminhos e novos mundos.

os primeiros pingos de chuva caem em seu rosto, trazendo-o de volta... ele dá uma última olhada para as ondas antes de se levantar e juntar-se aos amigos que procuram abrigo da tempestade que chega.

imagens do rio






i like you

something in you caused me
to take a new tact with you
i was going through something
you had just about scraped through

why'd you think i let you get away
with the things you say to me?

could it be
i like you?
so shameful of me
i like you

no one i ever knew
or have spoken to resembles you
this is good and bad
all depending on my general view

why'd you think i let you get away
with all the things you say to me?

could it be
i like you?
so shameful of me
i like you

magistrates who spend their lives
hiding their mistakes
they look at you and i
and envy makes them cry
envy makes them cry

forces of containment
they shove their fat faces into mine
you and i just smile
because we're thinking the same line

why'd you think i let you get away
with all the things you say to me?

could it be
i like you?
so shameful of me
i like you

you're not right in the head
and nor am i, and this is why
you're not right in the head,
and nor am i, and this is why

this is why i like you, i like you, i like you
this is why i like you, i like you, i like you
i like you - morrissey