25.8.05

sweet dream

o rapaz senta-se na cama, olhando para o rostinho que dorme encostado no travesseiro. os olhos dele brilham, enquanto observa a respiração sossegada da menina de cabelos castanhos e olhos grandes e indagadores.

algumas vezes, ele se pega pensando que nunca iria imaginar que amaria tanto um ser, assim... mas no momento em que ele viu o médico segurando aquele serzinho rosa, ele se apaixonou completamente...

3 anos já se passaram e o amor apenas cresceu... como somente os amores crescem de uma quantidade infinita para algo ainda maior.

muitas noites ele perdeu preocupado, com medo... observava o berço de 10 em 10 minutos... "será que ela está bem?"

mas ele não se arrepende... faria tudo de novo...

porque há 3 anos atrás, a vida dele começou a fazer sentido...

e ele sorri, ao lado da cama...
queria que o telefone tocasse...


só por um "boa noite".

blood moon

a lua estava vermelha, quando saí do trabalho, hoje...

presságios, presságios...

quotes

pela centésima vez eu abro uma página com frases retiradas da série sandman, do neil gaiman e me maravilho com o que ele escreve...

como alguém pode ser tão simples e falar tanta coisa que toca no fundo da alma, como se, de alguma maneira, essa pessoa soubesse de um segredo que mais ninguém sabe?

é... não estou falando nada interessante, hoje...

não consigo me concentrar... só tenho essa sensação que estou novamente em um ponto da minha vida que eu não deveria estar... e tudo por minha própria causa...

cadê a simplicidade da qual eu vivo falando que quero?

será que fujo dela, justamente porque tenho medo de que a simplicidade não seja o que eu queira??? (com o jeito complicado que eu tenho, provavelmente não é mesmo o que eu quero)

(sorriso)

às vezes sinto que o teclado deveria ter certo tipo de censura às coisas que escrevo... porque eu sempre volto ao mesmo assunto... sei que o tudo funciona desse jeito... sempre dando voltas... mas eu exagero!

eu queria conseguir dar alívio nessa confusão nisso que eu chamo de alma.

well... life goes on...

21.8.05

eu sou o fogo que consome a matéria, destruindo enquanto se alimenta, deixando para trás um rastro de cinzas...

eu sou o abismo que tenta o suicida, calmo quieto e mortal...

eu sou o silêncio das noites passadas na solidão dos quartos escuros...

eu sou a dor que se alimenta de si mesma...

eu sou a entropia... o fim de tudo...

e eu sou apenas humano.