3.6.06

love brings color to the world.

such a pity i am color blind...
minhas verdades são afiadas.

cuidado... não me provoque. eu corto fundo.
"eu posso te ligar amanhã?"

"claro! aí a gente combina melhor."

"tá bem. boa noite e se cuida!"

"beijos! vc também!"

"beijo."


e adivinha quem se esqueceu de pegar o telefone??? (sorriso)
dia desses eu confiei meu coração pra alguém que nem sabe disso.

tá, marcio... vc ficar apaixonado não é novidade nenhuma, né?


mas aí é que está. eu não estou apaixonado. não apaixonado por uma pessoa, pelo menos. estou amando uma idéia, um conceito.

é! eu amo um conceito, como só um sonhador pode... (típico de mim, né?)

tá bem! eu sou movido a esse tipo de impulso idiota e que nunca dá em nada. mas às vezes é legal pensar que se pode amar alguém ainda.
essa foi a pior semana que eu tenho em muuuuuuuuuito tempo.

não estou me sentindo eu mesmo...

não estou sentindo nada, agora.

só vontade de que tudo passe.
algumas noites eu queria encontrar alguém que me fizesse acreditar que ainda existem maravilhas, por aí...

lugares escondidos

o inverno está frio, no rio. mas mesmo assim, a calçada está repleta de meninas vendendo parte de sua vida por trocados manchados de sangue e suor. ele caminha, alheio a elas. as luzes amareladas iluminam a névoa no ar, deixando a paisagem irreal como um sonho.

ele chega à lapa, onde bares cheios de adolescentes tocam música alta, tentando atrair os olhares do mundo. ele olha por vários instantes, maravilhado com o movimento de pessoas, captando cada detalhe. em algum ponto dentro de si, alguma coisa se movimenta e protesta, desconfortável com a máscara que ele usa para o mundo.

sentado no meio fio, a uma distância segura das outras pessoas, ele cala o protesto dentro de si com uma garrafa de tequila. seus pensamentos vagam por épocas, lugares e pessoas diferentes, com uma certa melancolia que lhe é característica.

sem perceber, uma voz lhe chega aos ouvidos.

"posso tomar um pouco?"

uma menina que parece ser pelo menos 10 anos mais nova que ele está de pé ao seu lado. os cabelos roxos caem em volta dos olhos, a roupa negra cobre um corpo pequeno.

ele entrega a garrafa e ela senta-se ao lado e os dois começam a conversar. não teria feito isso, normalmente, mas algum detalhe obscuro no jeito dela o fez querer que ela estivesse ali.

eles conversam sobre a noite, falam sobre música e filmes... o humor negro dele a faz sorrir com olhos grandes e verdes de criança.

o homem não percebe quando as máscaras começam a cair e ele fala de si com uma sinceridade que pensava estar perdida para sempre.

ela fala algo bobo e de repente os dois se calam em um momento de silêncio cheio de significados. os olhares se cruzam de maneira diferente, as mãos se buscam enquanto os dois lábios se tocam, quase que incidentalmente.

eles dormem juntos, abraçados, fazendo carinhos um no outro.

ela diz que o ama.

na manhã seguinte, a cama está vazia. dois estranhos se afastam no nevoeiro que se dispersa em raios de sol que iluminam todos os lugares.

30.5.06

a menina brinca, mostrando seus atributos em movimentos quase desinteressados. ela carrega o fogo das descobertas no coração, a inquietude que queima na pele.

o homem a olha, à distância. ele acompanha os gestos dela com o olhar. seus modos são seguros e cada ato é calculado antes da execução. seus olhos trazem a profundidade do conhecimento do mundo, o corpo tem a impetuosidade marcada na pele.

os olhares se encontram. os sorrisos se seguem. os corpos se atraem.

as bocas trocam frases e beijos. os corpos se enroscam, conhecem um ao outro. trocam a experiência um do outro.

eles se despedem na manhã seguinte. há um ar de melancolia no ar. não sabem se encontram-se novamente.

mas os dois carregam dentro de si uma vontade de mais.

28.5.06

every you and every me

sucker love is heaven sent.
you pucker up, our passion's spent.
my hearts a tart, your body's rent.
my body's broken, yours is bent.

carve your name into my arm.
instead of stressed, i lie here charmed.
cuz there's nothing else to do,
every me and every you.

sucker love, a box i choose.
no other box i choose to use.
another love i would abuse,
no circumstances could excuse.

in the shape of things to come.
too much poison come undone.
cuz there's nothing else to do,
every me and every you.
every me and every you,
every me... he

sucker love is known to swing.
prone to cling and waste these things.
pucker up for heavens sake.
there's never been so much at stake.

i serve my head up on a plate.
it's only comfort, calling late.
cuz there's nothing else to do,
every me and every you.
every me and every you,
every me... he

every me and every you,
every me... he

like the naked leads the blind.
i know i'm selfish, i'm unkind.
sucker love i always find,
someone to bruise and leaves behind.

all alone in space and time.
there's nothing here but what here's mine.
something borrowed, something blue.
every me and every you.
every me and every you,
every me... he

every me and every you,
every me... he

placebo - every you and every me