8.7.06

pure morning

a friend in need’s a friend indeed,
a friend with weed is better,
a friend with breasts and all the rest,
a friend who’s dressed in leather,

a friend in needs a friend indeed,
a friend who’ll tease is better ,
our thoughts compressed,
which makes us blessed,
and makes for stormy weather,

a friend in need’s a friend indeed,
my japanese is better,
and when she’s pressed she will undress,
and then she’s boxing clever,

a friend in need’s a friend indeed,
a friend who bleeds is better,
my friend confessed she passed the test,
and we will never sever,

days dawning, skins crawling…
days dawning, skins crawling…
days dawning, skins crawling…

pure morning,
pure morning,
pure morning…

a friend in need’s a friend indeed,
a friend who’ll tease is better,
our thoughts compressed,
which makes us blessed,
and makes for stormy weather,

a friend in need’s a friend indeed,
a friend who bleeds is better,
my friend confessed she passed the test,
and we will never sever,

days dawning, skins crawling…
days dawning, skins crawling…
days dawning, skins crawling…

pure morning,
pure morning,
pure morning…

a friend in need’s a friend indeed,
my japanese is better,
and when she’s pressed she will undress,
and then she’s boxing clever,

a friend in need’s a friend indeed,
a friend with weed is better,
a friend with breast and all the rest,
a friend whos dressed in leather

placebo - pure morning

7.7.06

e em determinado momento eu olho lá fora e sou inundado pela luz da lua.

e eu lembro novamente porque amo a noite.

vazio

hoje o vazio inundou o meu peito.

hoje eu senti nada por você,

nada além do vazio.

hoje eu rezei para um altar vazio

caminhei por ruas vazias

alimentei o vazio na alma com promessas de novos dias

vazios.

quero nomear o nada que vive em mim,

mas ele nem nada é.

é menos que nada

é menos que vivo

existência pela falta de definição

explicação auto-contida em si.

é o nada, simplesmente por que nada mais o é.

esvazio minha mente em palavras vazias,

num canto vazio de um quarto vazio

que costumava se chamar eu.
há um sentido de urgência em você.

tudo o que faz precisa ser agora, mas perde o sentido, assim que é feito.

vem cá por alguns instantes. fica aqui do lado.

acho que posso te mostrar uma coisa ou outra.

e... bom... quem sabe? você pode até gostar, né?

limites

há um limite para você?

você consegue perceber a linha que delimita você?

eu sempre tive limites auto-impostos. não, não... eu nunca fui uma criatura calculista. eu não percebia que esses limites existiam, eu até sentia que só poderia ir até certo ponto, mas eu nunca soube dizer que ponto seria esse, até alcançá-lo.

e nunca ultrapassei os limites.

se você me perguntar agora um exemplo desses limites, eu não poderia te dizer. mas sei que algumas pessoas por aí poderiam.

mas. sabe? eu tenho uma questão, agora.

de repente, eu não sinto mais nenhum deles. sério.

sem muros, sem fronteiras, sem vigias.

não tem nada lá a não ser novos lugares a se chegar.

e... sabe? eu estou muito, muito curioso.
ok.

hoje eu percebi.

minha vida é um filme. é assim que sempre a vi. é assim que sempre vivi.

é assim e pronto.

eu ainda estou tentando entender o roteiro.

mas, nos últimos tempos tenho a sensação que uma reviravolta aconteceu.

captive moon


5.7.06

i like you

something in you caused me to, take a new tact with you,
you were going through something, i had just about scraped through
why do you think i let you get away, with the things you say to me?
could it be i like you, it's so shameful of me, i like you

no one i ever knew or have spoken to, resembles you,
this is good or bad, all depending on, my general mood
why do you think i let you get away, with all the things you say to me?
could it be i like you, it's so shameful of me, i like you

magistrates who spend their lives, hiding their mistakes
they look at you and i, and, envy makes them cry, envy makes them cry

forces of containment, they shove their fat faces into mine,
you and i just smile, because we're thinking the same lines
why do you think i let you get away, with all the things you say to me?
could it be i like you, it's so shameful of me, i like you

you're not right in the head and nor am i, and this why,
you're not right in the head and nor am i, and this why
this is why i like you, i like you, i like you,
this is why i like you, i like you, i like you
because you're not right in the head, and nor am i, and this is why,
you're not right in the head, and nor am I and this is why,
this is why i like you, i like you, i like you, i like you
this is why i like you, i like you, i like you, i like you,
this is why i like you, i like you...

morrissey - i like you

pra você

a raposa corre por entre os arbustos...

"preciso fugir." é tudo o que se passa em sua cabeça. os olhos verdes percorrem o terreno, procurando o melhor lugar para se esconder.

o rapaz olha, à distância, o pequeno animal se afastar. ele não consegue entender o que acontece.

a raposa encontra sua antiga toca. o local onde dormiu no inverno. ela se sente segura. deitada, ela lembra-se do rapaz que encontrara num outono distante, que vinha todos os dias para a floresta, só para visitá-la. aprendeu a desfrutar da companhia dele. percebeu-se esperando o momento em que ele apareceria, só para chegar perto.

mas uma noite, uma noite a raposa teve um pesadelo. ela estava presa, dentro de uma jaula, iguais às que via alguns caçadores carregarem. e o rapaz estava lá fora e a olhava dentro da jaula.
e a raposa sentiu medo e raiva.

e ela precisou fugir.

agora estava deitada em sua toca, pensando no rapaz e na jaula. nas tarde de outono e no medo de estar presa, de viver uma vida como uma raposa presa.

quando uma melodia tomou o ar.

levantando as orelhas, curiosa, a raposa lembrou-se daquela música. o rapaz trouxe uma gaita, uma vez, até a floresta e tocou para a raposa.

"esta é sua música", disse o rapaz.

"nossa música".

e a raposa se lembrou que foi feliz naquela tarde.

o rapaz estava tocando, pensando naquela música e no que ela representava para ele, quando viu o pequeno animal de pêlos vermelhos e olhos curiosos perto de si. a raposa o observava.

ele se sentou numa pedra e continuou tocando. a raposa aproximou-se, até aninhar a cabeça em seu colo. ele a acariciou, sentindo o pêlo macio.

naquela noite, a raposa sonhou. e no sonho não havia jaulas ou medo. no sonho, ela era uma menina com olhos de raposa.

e o rapaz estava com ela.

3.7.06

e eu tenho certeza de que vou sonhar com canela, cigarros e café...
eles procuram razões, onde só há o silêncio de dois olhares.

vasculham em seus corações, procurando o momento em que tudo aquilo se tornou real, mas não percebem uma linha, uma fronteira.

perseguem explicações para apaziguar todas as dúvidas, em vão.

em seus corações, um fogo novo queima. brilhante e perigoso...

fascina-os...

seduz...

2.7.06

roughness

she slips into her sickness and she don't regret a thing
she's trying to resist him but she knows she loves pain...
come into my bed i have nothing left to hide
voices in my head can't stop this burning inside

and i fight it, deny it, keep quiet... but i like it.

she watches from a distance
she knows what he's about
she's trying to resist him
he puts it into her mouth...

crawling on my flesh
i have nothing left to feel
deeper that it gets
this open wound will not heal

and i fight it, deny it, keep quiet… but i like it.

i push you out
i pull you in
but will it end where you begin?
you tell me not to be afraid

but you're the one
who's not safe (from me)
and i bleed and i plead
down on my knees

while you need for me to say i like it,
but you know i like it
like you like it...

ROUGH

tura satana - roughness

dream nature

de repente, tudo me parece muito possível.

a noite tem uma cor nova, hoje. um tom novo.

e tenho vontade de desvendá-la de novo.
me sentindo estranho.

pensando sobre coisas... tentando absorver a profusão de imagens e sentimentos que se apoderaram de mim.

respostas.

queria que a vida fosse como os livros de professores... e que só bastasse olhar no final pra saber a resposta de tudo.

comunhão

ele sente o ardor do corte e um calor que irradia em seu braço. ela o olha em silêncio, com um olhar com milhares de significados. ele retorna o olhar, chamando-a.

ela repousa a lâmina no chão e em silêncio, ela abaixa a cabeça e começa a provar o líquido que escorre da ferida. ele sente os beijos. sente a língua dela passeando na pele. sente os lábios sorvendo o sangue.

ele geme, mais de prazer que de dor e a aperta em direção a si. ela se aninha em seu abraço e continua.

ele dá a ela o sangue.

ela entrega a alma à ele.
você tem rosto de menina e um sorriso que atravessa meu peito e me acerta em algum lugar que eu nem sabia mais que existia.

e tem olhos de raposa, uma boca que me chama com uma linguagem própria.

você tem gosto de canela, vinho e sonho.

você tem desejos que quero completar.

você tem um segredo para mim.