17.12.05

when you're evil

when the devil is too busy,
and death's a bit too much,
they call on me - by name you see -
for my special touch.
to the gentlemen i'm miss fortune,
to the ladies i'm sir prize,
but call me by any name,
any way it's all the same...
i'm the fly in your soup,
i'm the pebble in your shoe,
i'm the pea beneath your bed,
i'm a bump on every head,
i'm the peel on which you slip,
i'm a pin in every hip,
i'm the thorn in your side,
makes you wriggle and writhe.

(chorus)
and it's so easy when you're evil...
this is the life, you see
the devil tips his hat to me.
i do it all because i'm evil,
and i do it all for free!
your tears are all the pay i'll ever need.

while there's children to make sad,
while there's candy to be had,
while there's pockets left to pick,
while there's grannies left to trip down the stairs
i'll be there, i'll be waiting round the corner
it's a game, i'm glad i'm in it
'cause there's one born every minute.

(chorus)

i pledge my allegiance to all things dark
and i promise on my damned soul
to do as i am told, lord beelzebub
has never seen a soldier quite like me,
not only does his job but does it happily.

i'm the fear that keeps you awake,
i'm the shadows on the wall,
i'm the monsters they become,
i'm the nightmare in your skull,
i'm a dagger in your back,
an extra turn upon the rack,
i'm the quivering in your heart,
a stabbing pain, a sudden start.

(chorus)

and i'd do it all for free,
your tears are all the pay i'll ever need.
and i'd do it all for free,
your tears are all the pay i'll ever need.

it gets so lonely being evil.
what i'd do to see a smile,
even for a little while,
and no one loves you when you're evil...

i'm lying though my teeth!
your tears are all the company i need!
voltaire - when you're evil

14.12.05

"what we call the beginning is often the end. and to make an end is to make a beginning. the end is where we start from."
t. s. elliot - four quartets

13.12.05

eu não sei me definir...

eu já escrevi e apaguei essas linhas aqui umas 10 vezes.

queria que hoje, a pessoa certa lesse meu blog... e que ela entendesse, hoje, tudo o que sempre quero dizer nas entrelinhas de tudo o que escrevo.

queria me sentir mais próximo de alguém, hoje.

é. hoje é um daqueles dias em que só vejo um abismo, entre mim e o resto do mundo...

tá. eu sou humano... sei que não sou diferente de ninguém que caminha por aí... mas eu também sei que tenho tantas coisas que pessoa alguma vê, sente ou percebe.

e essas coisas sempre são importantes, pra mim... só que acabam construindo esse abismo.

eu sei que hoje sou bem diferente do marcio de alguns meses atrás... mas sei também que em essência eu serei sempre a mesma pessoa. isso nada ou ninguém poderá mudar...

e eu gosto dessa essência... gosto mesmo...

mas de vez em quando acho chato demais ser uma pessoa solitária por natureza...

por quê?

porque paradoxalmente, eu sinto uma necessidade enorme de ter alguém perto de mim... cuidando de mim... sendo cuidada... ouvindo e sendo escutada...

e lidar com esse paradoxo sempre foi-me complicado demais. esses paradoxos são tão estranhos pra mim quanto podem parecer...

mas eu sou como sou. é assim que os deuses me fizeram... é assim que o mundo me fez... é assim que eu me fiz.

não sei se é bom ou mau... nem me importa muito agora, porque é isso o que eu tenho.

eu acho que estou crescendo... mas eu não sei me definir... acho que não saberei nunca...

mas apesar de tudo, eu sou eu.

11.12.05

onde será .. ?

diálogo travado na tarde de domingo, em uma loja de aparelhos celulares:

marcio: oi, boa tarde. eu fui roubado e levaram o celular e os meus documentos. eu liguei para o serviço de atendimento da claro e eles bloquearam o número e me disseram que eu poderia vir em uma loja e comprar outro celular que vocês passariam a minha conta de um para o outro...

atendente: sim, senhor! basta o senhor trazer a identidade, cpf e o código de bloqueio do aparelho antigo! o comprovante de residência não precisa trazer que já está em nossos cadastros!

marcio: mas o meus documentos também foram...

atendente: pode pagar com cartão de débito, crédito, cheque ou crediário! pra fazer o crediário é só trazer a identidade e cpf!

marcio: mas os meus cartões também...

atendente: aqui está o número da senha para o senhor ser atendido!

marcio, olhando incrédulo: onde será que fica o botão de reset?

wonka bar!!!


eu quero!!!!

casual

eles se encontraram quase sem querer. nenhum dos dois esperava ver o outro ali, naquele dia. ele olhava livros sobre histórias de terror e ela procurava coisas sobre música e cinema.

ele a viu primeiro (sempre olhava todas as pessoas que estavam a sua volta, era uma mania antiga) e prestou bastante atenção, pra ter certeza que não estava enganado. já havia visto fotos dela, mas nenhum encontro entre os dois passou do virtual.

ela olhou em direção a ele, curiosa com o olhar que parecia segui-la... depois de um segundo, reconheceu o rosto dele e sorriu em sua direção.

ele respondeu o sorriso, ainda sem saber exatamente o que falar. ela veio
em sua direção, ainda sorrindo.

- oi!

- oi, menina... hã... nossa, eu não esperava te encontrar por aqui.

ela concordou com a cabeça, olhando-o com um pouco de curiosidade (não esperava que ele fosse tão alto).

- o que vc tá fazendo aqui?

- ah... olhando alguns livros de vampiro... pra variar!

- eu tava olhando um livro sobre cinema.

começaram a conversa assim: falando coisas triviais. mas o papo foi se alongando e depois de uns minutos, parecia eles se conheciam há anos.

ele a convidou para tomar um cappuccino. ela pensou um pouquinho e decidiu acompanhá-lo.

conversaram horas sobre tudo... fizeram pequenas confissões sobre coisas que não falavam para ninguém... ele falou sobre as fotos que fazia e sobre as histórias que queria contar. ela falou sobre seus sonhos e sobre o teatro e com era bom atuar.

o dia foi terminando e nenhum dos dois queria ir embora. decidiram se encontrar de novo, na semana seguinte. ele lembrou que queria assistir uma exposição no ccbb... ela aceitou, dizendo que lá sempre foi um dos seus locais preferidos.

despediram-se com um abraço longo e ele ficou observando enquanto ela se afastava.

ele pôs-se a caminhar com as mãos nos bolsos da calça, cantando baixinho uma música e pensando o quão raro eram esses momentos que são simples demais e quem, por serem assim, são importantes demais...