21.10.05
em uma noite de primavera
eles conversam sempre sobre tantos assuntos... mas hoje, por alguma razão, eles parecem evitar coisas complicadas demais... amenidades sempre deixaram ele entediado, mas essa noite elas parecem ser as únicas coisas que eles não sentem receio de conversar.
eles sentam-se em um café. ela parece cansada e ele pensa que talvez não tenha sido uma boa idéia ter insistido para que eles saíssem... mas ele queria prolongar a conversa, pelo simples fato de dividir alguns momentos a mais, juntos.
ele pega bebiba para os dois, no balcão e eles bebem em um silêncio estranho.
aos poucos, a conversa volta a aparecer... por alguma razão que ele não lembra, ela vai em direção a um assunto perigoso.
"eu quero me divertir, sabe? não quero me preocupar com ninguém, agora. quero conhecer pessoas novas, fazer coisas."
ele olha para ela, com milhões de respostas na ponta da língua, mas só consegue fazer que sim com a cabeça. e concordar, falando com uma voz baixa.
olhando para o filme projetado na parede oposta a ela, ele tenta entender tudo o que foi dito com poucas palavras.
"entendo..."
ele mente. não entende bem isso. fala sobre ficar com pessoas e sobre a carência dele e a vontade nenhuma que ele tem de ficar com alguém como uma maneira de apenas acabar com uma carência ocasional. desiste, depois de olhar para ela e perceber que ela não entende bem a posição dele.
eles terminam a bebida. ele tem tanto para falar, mas acha que hoje não seria entendido... não gosta e não vai fazer coisas estúpidas. o tempo para isso já passou... hoje ele tenta apenas desfrutar da companhia.
ela parece cansada. ele pergunta se ela quer ir. ela responde que sim. eles caminham em direção ao calor da noite de primavera do rio.
ele gostaria de saber o que dizer, mas raramente sabe como se comportar...
quer que tudo fique bem e acredita no fundo que tudo vai ficar.
eles caminham, falando sobre amenidades.
ela sorri das brincadeiras que ele faz, tentando descontrair as coisas, sempre.
eles se entreolham, por um instante, ele deseja conseguir falar tudo o que pensa, com apenas um olhar...
mas os olhos se afastam... as amenidades voltam ao repertório, enquanto eles caminham.
ela faz uma brincadeira, implicando com ele. sorrindo, ele retruca, tentando parecer ameno.
ele imagina que se fosse possível transformar os pensamentos em idéias, poderia ser possível ver tempestades acontecendo na cabeça dele.
ele tenta limpar a mente, respirando fundo, lembra de apenas esperar do momento o que o momento pode dar.
ele sorri novamente para ela, feliz por poder passar essas horas ali. por algum tempo, para ele não precisa haver futuro... o agora é o bastante.
eles sentam-se em um café. ela parece cansada e ele pensa que talvez não tenha sido uma boa idéia ter insistido para que eles saíssem... mas ele queria prolongar a conversa, pelo simples fato de dividir alguns momentos a mais, juntos.
ele pega bebiba para os dois, no balcão e eles bebem em um silêncio estranho.
aos poucos, a conversa volta a aparecer... por alguma razão que ele não lembra, ela vai em direção a um assunto perigoso.
"eu quero me divertir, sabe? não quero me preocupar com ninguém, agora. quero conhecer pessoas novas, fazer coisas."
ele olha para ela, com milhões de respostas na ponta da língua, mas só consegue fazer que sim com a cabeça. e concordar, falando com uma voz baixa.
olhando para o filme projetado na parede oposta a ela, ele tenta entender tudo o que foi dito com poucas palavras.
"entendo..."
ele mente. não entende bem isso. fala sobre ficar com pessoas e sobre a carência dele e a vontade nenhuma que ele tem de ficar com alguém como uma maneira de apenas acabar com uma carência ocasional. desiste, depois de olhar para ela e perceber que ela não entende bem a posição dele.
eles terminam a bebida. ele tem tanto para falar, mas acha que hoje não seria entendido... não gosta e não vai fazer coisas estúpidas. o tempo para isso já passou... hoje ele tenta apenas desfrutar da companhia.
ela parece cansada. ele pergunta se ela quer ir. ela responde que sim. eles caminham em direção ao calor da noite de primavera do rio.
ele gostaria de saber o que dizer, mas raramente sabe como se comportar...
quer que tudo fique bem e acredita no fundo que tudo vai ficar.
eles caminham, falando sobre amenidades.
ela sorri das brincadeiras que ele faz, tentando descontrair as coisas, sempre.
eles se entreolham, por um instante, ele deseja conseguir falar tudo o que pensa, com apenas um olhar...
mas os olhos se afastam... as amenidades voltam ao repertório, enquanto eles caminham.
ela faz uma brincadeira, implicando com ele. sorrindo, ele retruca, tentando parecer ameno.
ele imagina que se fosse possível transformar os pensamentos em idéias, poderia ser possível ver tempestades acontecendo na cabeça dele.
ele tenta limpar a mente, respirando fundo, lembra de apenas esperar do momento o que o momento pode dar.
ele sorri novamente para ela, feliz por poder passar essas horas ali. por algum tempo, para ele não precisa haver futuro... o agora é o bastante.
18.10.05
break on through (to the other side)
you know the day destroys the night
night divides the day
tried to run
tried to hide
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through to the other side
we chased our pleasures here
dug our treasures there
but can you still recall
the time we cried
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through to the other side
everybody loves my baby
everybody loves my baby
she gets, she gets
she gets, she gets
i found an island in your arms
a country in your eyes
arms that chain us
eyes that lied
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through to the other side
made the scene from week to week
day to day, hour to hour
the gate is straight
deep and wide
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through, break on through
break on through, break on through
yeah, yeah, yeah,
yeah, yeah, yeah...
night divides the day
tried to run
tried to hide
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through to the other side
we chased our pleasures here
dug our treasures there
but can you still recall
the time we cried
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through to the other side
everybody loves my baby
everybody loves my baby
she gets, she gets
she gets, she gets
i found an island in your arms
a country in your eyes
arms that chain us
eyes that lied
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through to the other side
made the scene from week to week
day to day, hour to hour
the gate is straight
deep and wide
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through to the other side
break on through, break on through
break on through, break on through
yeah, yeah, yeah,
yeah, yeah, yeah...
break on through - the doors
fade and remain
and if i'd the spell to claim your existence
your clandestine thoughts; your soul's soft persistence
i'd follow the mirror aglow with your image
your water-grave eyes, and your lingering fragrance
but unknown by you; lost in the shadows
i fade and remain
love incarnate; mere irreligion
i fade and remain
my kind can dwell with infinite patience
my reverie thoughts can travel great distance
yet deign i embrace you, with meek adoration
your fragile humanity rised with contrition
love incarnate; lost in perfection
you fade and remain
youthful; timeless; deification
you fade and remain
your clandestine thoughts; your soul's soft persistence
i'd follow the mirror aglow with your image
your water-grave eyes, and your lingering fragrance
but unknown by you; lost in the shadows
i fade and remain
love incarnate; mere irreligion
i fade and remain
my kind can dwell with infinite patience
my reverie thoughts can travel great distance
yet deign i embrace you, with meek adoration
your fragile humanity rised with contrition
love incarnate; lost in perfection
you fade and remain
youthful; timeless; deification
you fade and remain
fade and remain - faith and the muse
cantando, a toda altura
hear me
and if I close my mind in fear
please pry it open
see me
and if my face becomes sincere
beware
hold me
and when i start to come undone
stitch me together
save me
and when you see me strut, remind me of what left this outlaw torn...
and if I close my mind in fear
please pry it open
see me
and if my face becomes sincere
beware
hold me
and when i start to come undone
stitch me together
save me
and when you see me strut, remind me of what left this outlaw torn...
16.10.05
palavras não ditas
ele se deita na cama e diversas imagens do dia passam por sua cabeça...
flashes de tudo o que foi e não foi dito.
ele se lembra do momento de ir embora... não queria descer do metrô... e teria ficado, se as palavras certas tivessem sido ditas, mas elas não foram.
ao invés disso, ouviu-se apenas uma despedida tímida. uma troca de olhares que diziam muito, sem dizer nada foi a última coisa que ele se lembra.
não virou as costas ao ir embora... não queria descobrir se ela olhava em outra direção, enquanto ele se afastava.
na cama, ele se vira, imaginando novas cenas. imagina se algum dia tudo o que ficou guardado será dito...
flashes de tudo o que foi e não foi dito.
ele se lembra do momento de ir embora... não queria descer do metrô... e teria ficado, se as palavras certas tivessem sido ditas, mas elas não foram.
ao invés disso, ouviu-se apenas uma despedida tímida. uma troca de olhares que diziam muito, sem dizer nada foi a última coisa que ele se lembra.
não virou as costas ao ir embora... não queria descobrir se ela olhava em outra direção, enquanto ele se afastava.
na cama, ele se vira, imaginando novas cenas. imagina se algum dia tudo o que ficou guardado será dito...
eu tenho o mundo inteiro pra salvar e pensar em você é kriptonita.
homenagem à menina das borboletas. essa frase é perfeita!
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