10.11.06

natal

pessoal,

fiz umas fotos em natal, no fim de semana...

as que eu achei mais legais estão aqui: http://www.flickr.com/photos/dreamofalife/sets/72157594363349046/
"she moves in mysterious ways."

e eu quero conhecer esses mistérios.
para trás e para frente...

cada vez mais alto... cada vez mais longe...

o balanço leva o garoto, de novo e de novo...

com o balanço do balanço, vão também os pensamentos do garoto.

para frente e para trás...

ele se lembra do pai. ele costumava empurrar o garoto no balanço, mais e mais alto e dizia que se o garoto esticasse os braços o bastante, poderia alcançar o céu e quem sabe, até tocar em uma nuvem.

o garoto vai e volta, no balanço.

ele estica os braços, quando o balanço está bem no alto.

quem sabe, se ele esticar o braço o bastante, consegue alcançar o pai, lá no céu.
- você não gosta de ir aos poucos, né?

- não...

- por quê?

- não consigo. acho sempre que tenho que ter tudo de uma vez.

- mas de vez em quando é bom ir com calma.

- eu sei, menina... eu ando tentando isso. mas é que parece que tem tanta coisa no mundo ainda por tentar... fico querendo demais.

- não se pode ter tudo, né?

- é... acho que não.





mas eu vivo tentando...

tsc, tsc, tsc...

9.11.06

ao luar...

o cavaleiro retorna às terras onde crescera. anos se passaram, desde que ele viu o lugar pela última vez.

a guerra havia tornado o garoto que dali saíra, anos atrás em um homem. ele pensa consigo mesmo que as batalhas pareciam levar um pouco da inocência consigo. foram tempos negros. tudo o que ele acreditava havia sido tirado dele. apenas uma coisa ele manteve consigo.

ele toca o objeto amarrado em uma corrente que carrega em seu pescoço. a forma familiar traz a seu coração um sentimento bom.

quase que instintivamente, o cavalo o leva à floresta que cerca o castelo onde o homem costumava brincar quando ainda era criança. o aroma das árvores de frutos e as flores preenche o ar, trazendo a ele a lembrança de uma noite quase perdida entre seus pensamentos.

ele se lembra de um menino que ouvia as histórias da antiga rainha, sobre os seres da floresta. uma dessas histórias se mostrou mais interessante que todas as outras. a mãe do menino contou um antigo segredo sobre a floresta.

ela contou que todas as noites as fadas e os seres selvagens se juntavam para festejar a lua. e todas as noites, as fadas brincavam entre as árvores, cantando e dançando. mas ao final de todas as noites, a rainha das fadas ia até o centro da floresta e cantava uma canção dos tempos antigos, quando era permitido que as fadas e os homens vivessem juntos, colaborando entre si. a canção era a mais bela canção e também a mais triste. e todas as fadas choravam, saudosas de outros tempos. e as lágrimas das fadas enchiam as pétalas e folhas de pequenas gotículas. e era dito que, se alguém capturasse uma dessas gotas após o primeiro raio de luar, seria o senhor da fada que havia deixado a lágrima escorrer na folha.

o garoto ouvira a história com atenção e em sua mente, um plano havia sido traçado.


continua...

pequeno momento.

ela subiu no ônibus e antes de passar pelo cobrador, olhou para o lado de fora e mostrou um grande sorriso no rosto.

do lado de fora, um rapaz acena, com o mesmo sorriso a iluminar o rosto.

eu também sorrio, no meu canto, pensando que o mundo pode ter solução, afinal.

7.11.06

sem título

não consigo dormir.

não quero dormir.

algo me diz para ficar acordado essa noite.

alguém pode precisar de mim.

quero estar aqui por você.

sempre.