ahhhhh... algumas vezes eu pareço uma vitrola, daquelas antigas... com um disco arranhado... sempre tocando a mesma música...
mas... afinal, é a minha música... e ainda não deu pra mudar...
o que acontece é o seguinte: eu fico o dia inteiro na boa... tudo passa, eu fico bem... brinco com as pessoas... mas quando estou sozinho, em casa, começo a pensar nas coisas que estão erradas... comigo, com as pessoas, com tudo... e fico me sentindo sozinho pra caramba...
shit... alguém tem uma fórmula para parar de pensar????
1.10.04
30.9.04
the hunting... [part 2]
os olhos dele eram como estrelas belas e antigas, numa noite sem lua.
a garota procurou se esquecer daquele rosto... dos olhos, mas enquanto dançava, a imagem dele parecia estar impressa em sua mente.
por fim a música terminou e ela decidiu sair da pista, caminhando para a mesa de seus amigos, ainda intrigada com aquilo tudo. nunca havia se sentido assim, antes. afinal, fora aquele olhar, o estranho parecia ser apenas mais um daqueles jovens perdidos que estavam ali.
de repente, ele estava ali, na frente dela.
ela olhou, assustada... não o reconheceria, se não fosse aquele olhar.
ele não disse uma palavra... foi vagarosamente passando suas mãos pelos braços dela, um carinho suave, subindo até que a sua mão tocasse o rosto atônito da garota.
o toque dele foi suave e fez com que ela tremesse um pouco de medo e desejo. ela não costumava chegar perto de estranhos, mas simplesmente não conseguia se afastar dele. agora, a poucos centímetros de distância, podia perceber que o rosto do homem era mais pálido do que imaginava, de feições angelicais... que eram completadas pelo par de olhos castanhos que a fitavam incessantemente. ela sentiu que aqueles olhos poderiam observá-la pela eternidade. ela se sentiu entregue, todos os seus segredos estavam abertos a ele... todos os seus desejos.
"venha", a voz disse... um sussuro, quase, mas ainda assim, apesar da música que preenchia o ambiente, ela o ouviu... era tudo o que ela ouvia, agora.
eles caminharam para fora. a menina sentia um fogo ader dentro de si, ansiosa, só conseguia pensar em pecado e naquele homem.
ele a levou até uma esquina escura... segurou-a pela cintura. ela se sentia inteira dele... os lábios do homem tocaram gentilmente os dela... a pressão aumentando... as línguas se tocando, entrelaçando-se. ela se sentia pequena diante dele... desejava suas mãos, sua boca, seu corpo penetrando as partes mais íntimas de sua alma...
ela se sentiu como uma criança, que observa a noite... como a corsa que observa o tigre que caça...
os lábios dele percorreram a pele trêmula dela, instigando, procurando.
"você é minha."
"sim!"
de repente, uma dor profunda no pescoço a fez gemer... a onda de horror e prazer que percorreu sua carne a fez gemer...
"o quê?"
ela não conseguia mexer... uma das mãos segurava gentil, mas firmemente seu corpo, trazendo-o para próximo de si, um abraço doce, mas mortal. a outra mão tocava seu seio, sentindo a pulsação de seu coração.
ela percebeu o que acontecia e teve, por um segundo, vontade de correr, de gritar... mas ela sentia um prazer que não conseguia descrever na situação... como se fosse para isso que ela existia... sim... ela se sentia dele.
um filete fino de sangue descia do pescoço, no lugar onde o homem parecia estar beijando... ele sorvia o líquido como um amante apaixonado.
a garota sentia as forças irem embora, naquele abraço mortal e quase orgásmico... ela não poderia se afastar dele... nem desejava mais isso... ela só queria se entregar, entregar seu corpo, seu sangue, sua alma...
a última coisa da qual ela se lembra é a visão de duas estrelas antigas, queimando com um novo fogo interno... ou seriam dois olhos observando-a.
não importa... agora tudo se acabou...
a garota procurou se esquecer daquele rosto... dos olhos, mas enquanto dançava, a imagem dele parecia estar impressa em sua mente.
por fim a música terminou e ela decidiu sair da pista, caminhando para a mesa de seus amigos, ainda intrigada com aquilo tudo. nunca havia se sentido assim, antes. afinal, fora aquele olhar, o estranho parecia ser apenas mais um daqueles jovens perdidos que estavam ali.
de repente, ele estava ali, na frente dela.
ela olhou, assustada... não o reconheceria, se não fosse aquele olhar.
ele não disse uma palavra... foi vagarosamente passando suas mãos pelos braços dela, um carinho suave, subindo até que a sua mão tocasse o rosto atônito da garota.
o toque dele foi suave e fez com que ela tremesse um pouco de medo e desejo. ela não costumava chegar perto de estranhos, mas simplesmente não conseguia se afastar dele. agora, a poucos centímetros de distância, podia perceber que o rosto do homem era mais pálido do que imaginava, de feições angelicais... que eram completadas pelo par de olhos castanhos que a fitavam incessantemente. ela sentiu que aqueles olhos poderiam observá-la pela eternidade. ela se sentiu entregue, todos os seus segredos estavam abertos a ele... todos os seus desejos.
"venha", a voz disse... um sussuro, quase, mas ainda assim, apesar da música que preenchia o ambiente, ela o ouviu... era tudo o que ela ouvia, agora.
eles caminharam para fora. a menina sentia um fogo ader dentro de si, ansiosa, só conseguia pensar em pecado e naquele homem.
ele a levou até uma esquina escura... segurou-a pela cintura. ela se sentia inteira dele... os lábios do homem tocaram gentilmente os dela... a pressão aumentando... as línguas se tocando, entrelaçando-se. ela se sentia pequena diante dele... desejava suas mãos, sua boca, seu corpo penetrando as partes mais íntimas de sua alma...
ela se sentiu como uma criança, que observa a noite... como a corsa que observa o tigre que caça...
os lábios dele percorreram a pele trêmula dela, instigando, procurando.
"você é minha."
"sim!"
de repente, uma dor profunda no pescoço a fez gemer... a onda de horror e prazer que percorreu sua carne a fez gemer...
"o quê?"
ela não conseguia mexer... uma das mãos segurava gentil, mas firmemente seu corpo, trazendo-o para próximo de si, um abraço doce, mas mortal. a outra mão tocava seu seio, sentindo a pulsação de seu coração.
ela percebeu o que acontecia e teve, por um segundo, vontade de correr, de gritar... mas ela sentia um prazer que não conseguia descrever na situação... como se fosse para isso que ela existia... sim... ela se sentia dele.
um filete fino de sangue descia do pescoço, no lugar onde o homem parecia estar beijando... ele sorvia o líquido como um amante apaixonado.
a garota sentia as forças irem embora, naquele abraço mortal e quase orgásmico... ela não poderia se afastar dele... nem desejava mais isso... ela só queria se entregar, entregar seu corpo, seu sangue, sua alma...
a última coisa da qual ela se lembra é a visão de duas estrelas antigas, queimando com um novo fogo interno... ou seriam dois olhos observando-a.
não importa... agora tudo se acabou...
the hunting...
ela gosta de se vestir assim. preto quase o tempo todo. ela e todos os seus amigos se vestem desse jeito. "a tribo da noite", eles se autodenominam. crianças, mal saídas da adolescência, mas que carregam nos ombros o peso da dor e do sofrimento do mundo.
"como ficar atônito a todas as coisas erradas que existem no mundo"? ela sempre diz.
por isso ela age como se não pertencesse a esse lugar. roupas negras, olheiras por sempre dormir pouco e passeios noturnos por cemitérios "os mortos encontraram a paz, pois descobriram a maneira de escapar dessa realidade, por isso devemos viver entre eles, para aprender suas lições".
ela pensa em como gosta do toque do couro contra seu corpo pálido, enquanto calça as suas botas. o contraste entre o tom de pele e as roupas faz com que ela pareça um ser etéreo, uma visão.
as olheiras são acentuadas com uma sombra escura... o negro de sua íris é uma ilha no mar branco dos olhos.
alguns minutos depois ela encontra sua turma. inusitado é o que de mínimo se pode achar, do visual de todos. seu melhor amigo está ali, vestido com uma roupa colante, que o deixa com um ar andrógino. proposital, é claro... eles se acham acima de definições de sexo.
eles imaginam o que vão fazer. é meia-noite, mas a vida apenas começou... eles decidem ir até o clube que gostam de frequentar... dizem que haverá alguns shows interessantes, por lá...
a garota se anima, enquanto eles falam sobre filmes antigos e revistas em quadrinhos...
o local está começando a encher... ela se encaminha à mesa onde eles sempre ficam (em um dos cantos escuros, onde eles podem fazer coisas que normalmente não fariam na frente de outras pessoas) e pede uma bebida... absinto, como sempre.
ela observa as pessoas... e se sente um pouco perdida, ali... ela gosta daquilo... mas ela se sente sempre estranha, quando começa a observar... ela pensa em sua vida, no sentido da sua vida... e não vê muita perspectiva.
graças aos deuses, a bebida chega... ela toma a primeira dose, imaginando o efeito da bebida descendo por seu corpo e acordando partes quase mortas de sua alma.
"ei! vamos dançar?"
ela sorri e caminha para a pista, onde duas meninas dançam juntas, quase obscenamente, mas ainda assim, de alguma forma, é bonito...
ela percebe a música devagar, tocando seu corpo, tomando-a... a sensação de dor na alma que a acompanha em quase todo lugar começa a sumir e é substituída pela vontade da música...
ela é a música...
viva... ela se sente viva enquanto dança...
depois de alguns minutos, logo após a primeir amúsica terminar, ela sente um calor estranho... a sensação de que está sendo observada... sem deixar a pista, ela gira devagar, procurando...
ela então vê... a alguns metros de distância, fora da pista, alguém está olhando para ela.
um homem, que parece ser só um pouco mais velha que ela está parado, logo ali... seus olhar fixo nela... e os olhos... ela não consegue definir, mas há algo nos olhos...
[continua...]
"como ficar atônito a todas as coisas erradas que existem no mundo"? ela sempre diz.
por isso ela age como se não pertencesse a esse lugar. roupas negras, olheiras por sempre dormir pouco e passeios noturnos por cemitérios "os mortos encontraram a paz, pois descobriram a maneira de escapar dessa realidade, por isso devemos viver entre eles, para aprender suas lições".
ela pensa em como gosta do toque do couro contra seu corpo pálido, enquanto calça as suas botas. o contraste entre o tom de pele e as roupas faz com que ela pareça um ser etéreo, uma visão.
as olheiras são acentuadas com uma sombra escura... o negro de sua íris é uma ilha no mar branco dos olhos.
alguns minutos depois ela encontra sua turma. inusitado é o que de mínimo se pode achar, do visual de todos. seu melhor amigo está ali, vestido com uma roupa colante, que o deixa com um ar andrógino. proposital, é claro... eles se acham acima de definições de sexo.
eles imaginam o que vão fazer. é meia-noite, mas a vida apenas começou... eles decidem ir até o clube que gostam de frequentar... dizem que haverá alguns shows interessantes, por lá...
a garota se anima, enquanto eles falam sobre filmes antigos e revistas em quadrinhos...
o local está começando a encher... ela se encaminha à mesa onde eles sempre ficam (em um dos cantos escuros, onde eles podem fazer coisas que normalmente não fariam na frente de outras pessoas) e pede uma bebida... absinto, como sempre.
ela observa as pessoas... e se sente um pouco perdida, ali... ela gosta daquilo... mas ela se sente sempre estranha, quando começa a observar... ela pensa em sua vida, no sentido da sua vida... e não vê muita perspectiva.
graças aos deuses, a bebida chega... ela toma a primeira dose, imaginando o efeito da bebida descendo por seu corpo e acordando partes quase mortas de sua alma.
"ei! vamos dançar?"
ela sorri e caminha para a pista, onde duas meninas dançam juntas, quase obscenamente, mas ainda assim, de alguma forma, é bonito...
ela percebe a música devagar, tocando seu corpo, tomando-a... a sensação de dor na alma que a acompanha em quase todo lugar começa a sumir e é substituída pela vontade da música...
ela é a música...
viva... ela se sente viva enquanto dança...
depois de alguns minutos, logo após a primeir amúsica terminar, ela sente um calor estranho... a sensação de que está sendo observada... sem deixar a pista, ela gira devagar, procurando...
ela então vê... a alguns metros de distância, fora da pista, alguém está olhando para ela.
um homem, que parece ser só um pouco mais velha que ela está parado, logo ali... seus olhar fixo nela... e os olhos... ela não consegue definir, mas há algo nos olhos...
[continua...]
28.9.04
cats are just weird
estava olhando a minha gata, ontem...
cheguei a uma conclusão:
gatos definitivamente sabem muito mais do que eles geralmente dizem...
cheguei a uma conclusão:
gatos definitivamente sabem muito mais do que eles geralmente dizem...
suspense
semana que vem eu irei a s. paulo para fazer uma apresentação de um projeto...
não dá pra esconder que estou ansioso para isso... mas também dá um certo nervosismo, quando penso que vai ter um auditório lotado, olhando para mim...
well... seja o que os deuses quiserem...
não dá pra esconder que estou ansioso para isso... mas também dá um certo nervosismo, quando penso que vai ter um auditório lotado, olhando para mim...
well... seja o que os deuses quiserem...
hell
bom... parece que o sol reclama seu lugar, no rio de janeiro...
eu odeio esse calor... e acho estranhas, as pessoas que ficam assim:
- odeio o frio... eu gosto é de calor...
mas quando chega o calor do rio:
- esse calor me faz passar mal!
tsc... nem sabem o que querem...
eu odeio esse calor... e acho estranhas, as pessoas que ficam assim:
- odeio o frio... eu gosto é de calor...
mas quando chega o calor do rio:
- esse calor me faz passar mal!
tsc... nem sabem o que querem...
Assinar:
Postagens (Atom)