sentiu coragem para dizer a ela o que sentia. não foi tão difícil quanto ele imaginava. achou que tudo já estava formulado, em seus pensamentos.
mas o surpreendente foi ter dito isso. sempre fora uma pessoa de guardar os sentimentos para si. porque não achava que a opinião dele fosse influenciar de verdade outra pessoa.
mas as palavras acabaram por sair, embora o resultado não fosse exatamente o que ele desejava, acreditou na resposta que ela deu. sempre fora sincera com ele, antes. não havia razão para estar mentindo.
a pequena dor que sobreveio da resposta dela não foi tão forte quanto ele poderia imaginar. é verdade que sentia-se um pouco anestesiado, agora, mas achou que a dor não seria grande, mesmo mais tarde.
despediu-se dela logo depois, indo caminhar entre pessoas... precisava ver rostos, ficar sozinho não era uma opção. foi a uma loja de cds e pediu ao dono para escutar um dos álbuns que estava em exposição. gostou da música e pensou em ligar para ela para falar do cd, mas desistiu da idéia. tinha que aprender muito, agora... precisava do seu próprio espaço. ele era um sozinho, novamente.
voltou para casa depois de uma hora de caminhada. enquanto o ônibus percorria a estrada, os olhos dele fitavam a paisagem que passava rápido.
ele sentia uma estranha vontade de rir das ironias da vida. estava cansado de tanta coisa, mas sentia-se com uma energia diferente dentro de si.
sentia vontade de começar algo. sentia-se com uma chama, por dentro.
sentia-se mais adulto...
25.9.05
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