o vento sopra fraco, trazendo ondas leves em direção à areia.
o garoto brinca na beira da água, afastado das outras crianças. ele molda a areia com cuidado. gosta dos pequenos detalhes. gosta de ser diferente de todos os outros.
aos poucos o castelo toma sua forma, erguendo-se na areia fofa e clara. depois de terminado, o menino se levanta e caminha para olhar o castelo de longe.
ele encosta-se nas pedras e espera. pouco tempo depois as ondas começam a subir mais e mais até começarem a bater no castelo.
as pequenas torres vão se desfazendo aos poucos e a construção vai perdendo a forma. em minutos não há nada além de um monte de areia um pouco mais alto que o resto da praia. logo não se nota sinal de nada.
as outras crianças continuam brincando. duas delas riem do castelo desfeito.
o garoto não liga.
ele se sente feliz quando constrói o castelo, mas fica igualmente encantando quando o mar vêm e toma tudo de volta.
e pensa consigo mesmo qual seria a graça em se construir um castelo de areia que durasse para sempre...
20.7.07
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