o nordestino canta a morte
sua companheira inseparável
na seca do seu mundo.
o nordestino canta a seca
a terra rachada,
a fome velada,
canta o coração com sede.
o nordestino canta a sede,
a sede da carne,
a sede da alma,
a saudade dos que se foram.
o nordestino canta a saudade,
a falta do verde,
a saudade da lágrima
derramada do céu.
o nordestino canta o apocalipse;
ele espera pelo fim;
canta a certeza da vinda do paraíso
pois o inferno está logo ali.
6.8.06
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