ele abre as pesadas cortinas que cobrem a janela do estúdio.
uma luz branca invade o ambiente, limpa e intensa. o homem fecha os olhos, sentindo a luz tocando a pele acostumada à escuridão.
os móveis estão cobertos em panos empoeirados.
ele caminha até o centro, onde retira os panos de cima de um antigo piano de cauda.
sentado no banquinho, ele observa as teclas. os dedos encostam produzindo um som alto e claro.
ele começa a tocar, ainda vacilando, errando um pouco o compasso. mas os dedos vão se recordando aos poucos.
e a melodia toma o ar, e o estúdio vibra com luz e som, há muito esquecidos por ali.
ele sorri...
6.4.06
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