ele estende as asas, entregando-se ao ar aberto, indo na direção que o vento o carrega.
o corvo sobrevoa um campo de batalha, onde corpos estendem-se sem vidas, entregues ao esquecimento que a morte traz.
o pássaro costumava se antecipar às batalhas, sentindo-se compelido a voar na direção delas.
"ave de mau-agouro", diziam. quando na verdade a batalha fora provocada por eles mesmos.
mas agora ele busca a distância. agora ele está cansado das guerras dos homens.
guerra por poder, guerra por amor, guerras que eles travam entre si, o tempo todo.
ele viu através dos olhos de homens mortos e não viu esperança.
agora o corvo vai embora, em busca de outro lugar.
outros sonhos... outras vidas.
com as asas abertas, ele abraça o horizonte.
8.3.06
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