o vento sopra por sobre o abismo. o homem caminha em direção à beira, observando o horizonte, à distância.
ele sente o abraço dos ventos em seu corpo, sussuros de antigos sonhos chegam-lhe aos ouvidos... segredos revelados a poucos.
ele olha para o abismo, abaixo. o vento parece chamá-lo. uma doce voz feminina o encoraja, enquanto toca-lhe o rosto, em forma de brisa doce.
o homem abre os braços e se entrega aos ventos e ao abismo...
então, ele sente a mudança.
ele bate os braços, agora em forma de asas negras, e se eleva, brincando nas correntes de ar... ele está livre.
e um corvo parte em busca de novos caminhos, voando alto, com um brilho novo no olhar...
18.1.06
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2 comentários:
Pliz, me diga que não tem uma névoa que vai sumir e fazer o coitado do corvo-que-um-dia-foi-homem se estatelar ao chão!
Porque eu gostei dessa história assim, com final feliz... :) Pensei no suicídio do protagonista e fui surpreendida pela mudança. É isso, nunca é tarde para voar alto. Tá ficando otimista, minino!!!! :P
É preciso saber voar, para ter certeza que a queda não virá...
Bom lembrar que você é quem melhor entendeu isso, de ser "um anjo caído, com asas de corvo e alma de rapina, (sempre) faminta".
Kisses!
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